segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cisne Negro e Catarse


Tenho certeza que vocês já ouviram falar, ao menos, do filme “Cisne Negro”: que é muito bom e que a Natalie Portman mais do que mereceu o Oscar, etc... E esses dias fui ao cinema assisti-lo, com uma expectativa relativamente baixa, para evitar decepções. E, honestamente, não me decepcionei, pelo contrário, não vi as duas horas de filme passarem e foram duas horas muito emocionantes.



O filme conta a história de uma bailarina extremamente dedicada (Natalie Portman), com sua técnica perfeita, mas que não consegue se soltar e dançar com emoção. Ela faz o teste para o papel “Rainha Cisne” do balé “O lago dos cisnes” – Se forem assistir o filme, pesquisem sobre o balé Lago dos Cisnes, caso não conheçam a história – papel esse que exige que ela interprete duas personagens: o Cisne Branco, delicada, com movimentos suaves, e o Cisne Negro, ágil, perversa, sedutora. Para o papel do Cisne Branco ela é perfeita, mas para o Negro, não. E ela passa o filme se transformando no Cisne Negro, com todas as dificuldades que a tal transformação proporciona.


É um filme ótimo: chocante, amedrontador, surpreendente. Natalie Portman está perfeita nesse papel, perfeita; não tinha como não ganhar o Óscar.


Sei que quando o filme acabou, eu fiquei estacada na poltrona do cinema. Perplexa, imóvel. Estacada. Estacada. Olhei para minha mãe ao meu lado e ela estava igual. Eu entrei num estado de êxtase, de choque, como se eu tivesse virado monge budista e tivesse meditado até ir para outra dimensão... Chorando e rindo ao mesmo tempo, com uma sensação tão pacífica, tão eufórica, tão... Completa. E tudo isso devido a um filme. (!!)
Saímos do cinema comentando animadamente o filme e como ele se desenrolou, e eu ainda estava com a mesma sensação – e o rosto levemente inchado de choro, mas isso é detalhe. Minha mãe sorriu ao me ouvir tentando descrever aquela sensação indescritível e concluiu: “Tu entrou em um estado de catarse”.
Catarse... Hã? Catarse é um termo empregado para designar uma espécie de libertação, prazer ou serenidade que a poesia, a tragédia e a música provocam no homem.




“Este prazer (catarse) compõe-se de vários elementos: consiste num desafogo, um repouso, num modo de ocupar os lazeres – num gozo intelectual –, numa vantagem que não é inútil aos bons costumes; enfim, opera a catarse, palavra que uns traduzem por purificação e outros por purgação.
(...)
Aristóteles, (...) entende pela catarse uma expulsão provocada de um humor incômodo por sua superabundância. Do mesmo modo que a música apaixonada, a tragédia, bem concebida, deve determinar no auditório, que se deixou empolgar pelas paixões expressas, num gozo que, no final do espetáculo, dá impressão de libertação e de calma, de apaziguamento, como se a obra tivesse dado ocasião para o escoamento do excesso de emoções. ”




É uma das melhores sensações do mundo, se vocês querem saber, e quase fico triste ao saber que se eu assistir o filme de novo, não terei de novo a mesma sensação.
Mas quanto ao filme: assistam-no, assistam-no. :D Só não esperem se sentir do mesmo jeito que eu me senti depois de toda a minha “propaganda”; até porque eu acredito que seja algo muito relativo.
Beijos, meus lindos.

Fontes: minha mãe, rá, http://www.didacticaeditora.pt/arte_de_pensar/cap13.html, e Arte Poética, texto integral, de Aristóteles.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Coraline e o mundo secreto

Já ouviu falar da Coraline? Algo relacionado a botões, mundo paralelo e um pouco de almas. Uma guriazinha que acha uma porta dentro de casa, vai pra outro mundo (a lá Alice e Nárnia), paralelo, onde todos tem olhos de botões.
Lá em 2009, quando ouvi falar da animação que tava no cinema, achei bem bobinho. Depois de dois anos que fui conhecer bem a história, a Lou me emprestou o livro que ela ia dar pra biblioteca (me dá!!). Pra mim, esse livro tem cara de chuva.


Explicando melhor: "Neil Gaiman criou uma história envolvente. O livro, de 2002, conta a história uma menininha que se muda pra uma casa antiga. Totalmente desprezada pelos pais, ela resolve explorar. Numa sala quase não usada, Coraline encontra uma porta lacrada. É mucho louco. Ás vezes, quando ela abre a porta, lá dentro tem tijolos barrando a passagem, ou em outras tem corredor. Quando Coraline atravessa a portinha, encontra um mundo muito parecido e diferente do seu ao mesmo tempo. Todas as pessoas lá têm olhos de botões, são felizes até demais e prestam total atenção nela. Mas nem tudo é o que parece ser, babes."

A base da história é a mesma, mas a maioria do filme é diferente da história original. Gostei muito da animação do filme (que btw é stop-motion), com muita coisa dançante, colorida e louca. Mas os personagens são um tanto mau humorados, me fazendo escolher o livro como preferido. É bem bonitinha a história, acho que vocês puderam notar que me interesso por histórias de mundos paralelos e etc.. (cof, febre de Alice, cof cof)


Aqui o trailer:

http://www.youtube.com/watch?v=ddRv0IjJBfc (não consigo incorporar de novo, eba!)

"Quando a aventura bater na sua porta, pense duas vezes antes de abrí-la!"

Teve gente que, antes de ver, achou ser desenho de criancinha mas depois amaram - yo!

No filme chove e neva. Deve ser por isso a ligação que liguei entre a história e dias frios, nham. Depois de ver o filme me deu uma vontade de pintar o cabelo de azul! Vejam, e é isso. Au revoir!

sábado, 9 de abril de 2011

Café

Insisto em passar a língua que arde no céu da boca, como se fosse melhorar. Minha língua está ardendo, queimada. Queimada de café, de café quente, tomado às pressas, sem tempo. Sem tempo, e em enorme quantidade. Tomado pra eu me manter acordada. Acordada para poder fazer render o curto tempo que tenho. Minha língua está ardendo, e constantemente nesses últimos dias. Eu tenho estado incrivelmente ocupada e sem tempo nesses últimos dias. .

O café já não faz mais tanto efeito em mim, mas eu não acordo sem café. Me sinto uma ameba, um vegetal, sobrevivendo, sem nunca ter tempo. Estudando, estudando, estudando. O tempo corre sob meus olhos enquanto eu tento resolver enormes problemas de matemática que ah, tem de ser entregues amanhã. .

Minha língua continua ardendo, eu só tomo café. Não é responsabilidade demais nas costas de uma adolescente? Estude três anos para passar num vestibular que definirá o que você fará para o resto de sua vida. Educação é investimento; falta de tempo é investimento? Mais café, por favor.

sábado, 2 de abril de 2011

3OH!3


Don't trust a ho, don't trust me.

Ai meu deus, a felicidade ta tomando conta de mimm. Vai ter show do 3OH!3 dia 19 de abril, aqui em Porto Alegre! Eu não digo que morreria por essa banda, mas que eles são demais, são.

Tem duas coisas que estão me afetando, sobre o show:

1 - EU VOU

2 - Meu pai vai junto

Até aí tudo bem né, ele disse que ia só pra "curtir " e não pra me cuidar.. sei. Quando pûs uma música deles, achou horrível. mas tá néam.

O problema é que meu pai acha que o ingresso vai cair do céu. Desde dezembro que eu lembro ele todos os dias de comprar, e ele fica se fazendo. Quando é pra comprar o do Ozzy lembra rapidinho, né malandro?

Fui precavida e comprei antes, e se ele não comprar o ingresso dele, vou me ferrar. Diz ele que não vou, por nada nesse mundo, no show sem ele (sabendo que eu amo 3OH!3 demaissss).

Uma observação: Minha mãe saiu de casa no meio da noite uma vez, pra ir numa festa, e deixou travesseiros embaixo das cobertas. Com 16 anos, espertinha.

Aí perguntei pro meu pai se eu fugisse teria problema, já que isso aconteceu uma vez. Boa foi a expressão dele de "Quem te contou?!". Mas se eu fugisse, ele me buscaria na fila. Droga.

Se eu acabar não indo, ele me dá meus 60 reais de volta e eu guardo o ingresso, não vou vender. Fiquem com "Touchin' On My", que vai ficar na cabeça por umas 3 semanas.

http://www.youtube.com/watch?v=-iGQ2JydtRk (nao deu pra incorporar o video aqui porque o blogger me odeia e hj nao tá deixando D:)


Beijossss